O avanço da tecnologia e a consequente modernização do mercado de energia pode apoiar a redução de custos e a manutenção do meio ambiente.
Antes de entrarmos nos detalhes, vamos contextualizar e dar alguns passos atrás. Quando falamos de energia elétrica, qual empresa vem imediatamente à sua cabeça? Você que está lendo este artigo provavelmente teve, desde sempre, acesso a esse recurso. Isso, muito provavelmente, te fez associar a energia elétrica diretamente ao nome da instituição que entrega o serviço para a sua casa e para a sua empresa, certo? O que muitos não sabem, contudo, é que por trás desse cenário óbvio existem vários outros personagens muito importantes para que o serviço chegue a cada um dos pontos de consumo.
O sistema elétrico tradicional
Considerando, então, que o armazenamento de energia só se tornará economicamente viável em um futuro breve, o sistema elétrico, historicamente, foi preparado para que o consumo e o fornecimento fossem sincronizados em um curtíssimo espaço de tempo. Garantir que isso aconteça da forma correta é responsabilidade do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) .
Tendo em vista esse formato, o sistema foi baseado em grandes unidades geradora – modelos chamados de Geração Concentrada – e um sistema interligado que possa compensar a falta de geração em determinadas áreas por meio da geração em outras. O Brasil é um ótimo exemplo nesse sentido: aqui, temos fontes significativas de energia renovável, como a água e, por isso, é possível que períodos eventualmente secos no Sul sejam supridos pela energia gerada no Norte e vice-versa.
Nesse cenário e considerando, ainda, um aumento crescente do consumo de energia por pessoa e a necessidade cada vez maior da ampliação da produção, novas áreas precisam ser exploradas e conectadas ao sistema. Isso, é claro, gera altíssimos custos de transmissão, controle e perdas, o que acarretou em um desequilíbrio nos custos de energia. Os consumidores, no caso, passaram a pagar mais pelo curso. Veja de que é composta, hoje, a tarifa de energia de cada consumidor:
TUSD: Tarifa de Uso do Sistema de Distribuição | TE: Tarifa de Energia
Assim, o modelo adotado até aqui apresenta 72% da tarifa de energia (antes dos impostos) com valores provenientes da cadeia produtiva, desconsiderando os 6% de perdas não técnicas (furtos, incertezas de medição, etc.), vide diagrama da ANEEL abaixo. Se considerarmos esse valor, o custo real da tarifa antes dos impostos representa cerca de 66% do valor que pagamos atualmente.
Fonte: ANEEL
Como a tecnologia apoiou a evolução desse cenário, possibilitando a Geração Distribuída?
O avanço tecnológico, tanto na geração de energia quanto no controle operacional (consumo vs. geração), possibilitou a geração de energia próximo ao local do consumo e, em um futuro próximo, vai possibilitar também o armazenamento do serviço. Só isso já permite uma redução relevante nas perdas técnicas e não técnicas de transmissão, o que representa aproximadamente 13,5% do valor total. Este conceito é o que chamamos de Geração Distribuída.
A energia solar tem um papel fundamental na disseminação desse modelo para clientes conectados em baixa tensão, notoriamente residências e pequenos comércios. Existem, contudo, limitações para clientes maiores, atualmente atendidos em média tensão – mas que podem contar com o mesmo modelo por meio de outras fontes, às vezes até mais eficientes, como microcentrais Hidrelétricas (CGHs, PCHs, etc)., biodigestores ou até plantas em cogeração.
Com o avanço do modelo da Geração Distribuída e a ampliação da utilização de sistemas automáticos de controle – tanto do lado do consumo como do lado da geração –, a redução dos custos com energia será significativa. A Woltz participa desse movimento levando energia limpa, de qualidade e mais barata com o objetivo de participar dessa transformação e, claro, aumentar a eficiência do sistema elétrico de seus clientes e de todo o Brasil.