Estratégias sugeridas nas metas do acordo firmado na Europa já são aplicadas no nosso país, ainda que timidamente

Em dezembro de 2019, a comissão europeia chegou a um acordo que ficou nomeado como o Acordo Verde Europeu (“European Green Deal”). Nele, foi estabelecido pela comissão a promessa de fazer da Europa o primeiro continente neutro na emissão de carbono em todo o mundo, até 2050 – veja o gráfico da BBC que lista, de 1998 a 2018, o volume de emissão de dióxido de carbono de vários países.

Quais os compromissos firmados no Acordo Verde Europeu?

Entre os objetivos traçados neste acordo, está um plano de investimento de 1 trilhão de euros para suportar várias ações, uma proposta de lei climática europeia com a proposta de tornar a mudança irreversível e, finalmente, um fundo para alavancar capital público e privado.

Qual o impacto do Acordo Verde Europeu nos dias de hoje?

Desde a sua criação, em dezembro de 2019, nenhuma novidade quanto aos interesses firmados. O cenário mudou recentemente, em meados de maio, quando foram apresentados alguns desdobramentos das metas. Entre eles, estão várias estratégias que discutimos no outro artigo sobre as políticas energéticas. Elas fazem referência também ao investimento na Geração Distribuída, como forma de redução de perdas e viabilização de novas tecnologias para tornar os sistemas mais eficientes.

Alguns desses recursos já estão sendo utilizadas para acompanhar o Controle de Produção versus Consumo, como a Inteligência Artificial para controle de grids inteligentes e machine learning para melhor entendimento de padrões de consumo. Tudo isso, que é conectado por meio das redes da Internet das Coisas (IoT) – conceito que faz referência à interconexão digital dos objetos, que reúne e transmite dados – ganhará cada vez mais escala em mercados nacionais e internacionais. Como consequência, temos custos reduzidos e cada vez mais disponibilidade dessas ferramentas, tornando-as acessíveis no longo prazo. Nas próximas semanas, vou aprofundar um pouco mais sobre a aplicação de cada uma delas.

Como essa tendência acontece no Brasil?

Se você já conhece a Woltz, sabe que a empresa já incentiva esse movimento no nosso país que, embora ainda esteja tímido, é crescente. O que mais me motiva, sem dúvidas, é perceber que o caminho trilhado está totalmente de acordo com mercados que são grandes referências e lideranças mundiais da nossa área de competência. É por isso que nosso papel – meu e de quem está próximo ou atua no segmento – passa a ser, também, de educar os consumidores para que façam um uso cada vez mais consciente da energia. Isso inclui o seu uso de forma segura e legal tecnicamente e, claro, com cada vez menos custos.

Se você se interessou sobre o que falamos do Acordo Verde Europeu, vai gostar de assistir a este vídeo, que levanta pontos importantes sobre ele. A tradução do texto que acompanha o material está disponível para o português, bem como as legendas do vídeo.